quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Até mesmo o feio tem um que de beleza. Quase uma semana em Pirenópolis. Longas caminhadas sob o sol, subindo e descendo ladeiras. Ô se não cansa! Mas se não fosse esse sol fritando, eu não teria tomado um ótimo banho de chuva ao anoitecer. A oficina de canto foi um tanto chata, mas a Mônica Salmaso...que delícia era ela! Comer bauru quase todos os dias foi um tanto enjoativo e se não fosse eles, as conversas durante as tardes talvez não teriam sido tão interessantes. Os cachinhos dourados dele, as mãozinhas batuqueiras, os pequenos olhos observadores fizeram toda a diferença. Até mesmo um pequeno flagra na beira do rio das almas. A caipirosca, o cortejo, o vai e vem da chuva durante a noite. Foi uma viagem, sem sombra de dúvidas, deliciosa, recheada de aprendizado, alegria, surpresas, de música. E fica o rostinho daquele menino que não vi sorrir, mas que roubou meu coração com toda sua beleza de criança, pra me fazer lembrar de tudo por todo sempre.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

"Tô feliz. Tô feliz. Acho que a vida é isso mesmo. Você fazer uma casa, botar uma mulher dentro e ter um filho com ela. Acho que é isso, né? E você trabalhar, não é? Trabalhar, fazer as coisas o melhor que você possa e ignorar esse lado super negativo e viver com coisas que possam te dar alguma coisa de, possa dar humanidade, alguma coisa de bom, uma música bonita, um verso, um troço qualquer que faça alguém feliz, né? "

Do maestro soberano no dvd Ela é carioca.
Devorarei-os
para melhor expressar
meus sentimentos

(o fato de ter a mesma estrutura, não significa que ele o é. né? blé.)
Decepção. Engano; logro; desilusão; desapontamento.
Inúmeras palavras para um mesmo sentimento.
Sentimento esse que, há um tempo atrás, eu considerava, digamos, limitado.
O tempo foi correndo e assim transformando meu conceito sobre tal sentimento.
Posso me decepcionar tanto com uma cigarra que não canta tanto quanto...meu pai.
Infelizmente.


domingo, 10 de outubro de 2010

Lápis, papel e borracha. Pronto.
Uhm...
Coceira na cabeça.
Olho prum lado...nada.
Olho pro outro, alguns móveis e a janela aberta.
O lápis na mão e o papel sobre a mesa.
Queixo apoiado sobre a outra mão.
Cabeça baixa, começo a piscar lento.
Cara de "ai meu deus do céu".
Na cabeça, imagens de praias, céu azul, pássaros.
Histórias de amor...nada.
Merda de lápis, papel e borracha!
Não tenho nada, nunca quis ter nada
além do nosso amor.
Por ele persisto, por ele vivo, por ele morro.
E de nada mais preciso...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Diamantina,
você está lá, eu cá.
Linda, menina.

Pegarei o trem
seis da matina, rumo
a você, meu bem.

_
(pobre haikai 3)
primavera sem
cor e com muito calor,
quantos dias tens?

consigo chove,
molhando minha noite,
dando-me sonhos.

_
(pobre haikai 2)
pássaro voou
pro céu azul partiu e
assim me cantou

_
(pobre haikai)

O tédio a consumia.
Por que raios todos os dias...são dias?
Nada novo, nada de novo.
Direita...esquerda. Frente.
Nada. Nada. Nada. Nada!
Tudo culpa dele, do maldito relógio!
Ah, se descobrisse quem inventou essa merda de acessório que gira num angulo de 360º,
partindo e chegando, sempre, do nada, no nada!
Caminho curvada, cansada pela calçada, com cravos no cabelo, caçando carinho e cor