terça-feira, 25 de outubro de 2011

É tudo que digo ser eu, porque és a parte inteira.
Não é um amor, mas sim todos que me forem possíveis,
cada qual intenso a sua maneira.
Sorrir, chorar, sofrer, amar.
Sonhar, dor, enlouquecer, amor.
Que me faz dançar a valsa do mar sem sair do lugar.
Que no escuro, torna mais saboroso o gosto das pétalas brancas,
tão sensíveis quanto o canto do sabiá.
Passo vergonha, me pego sonhando, acordo assustada
e, ah...
Sou bailarina, atriz de cinema, personagem principal de histórias inventadas,
amante de poesia, que brinca alegre com rimas pobres,
versos sem lógica, estrofes desorganizadas e mal contadas.
Dois em um, pulso forte dentro de mim.
Me, la musique.


(da necessidade de parar de viajar no nada com nada e voltar ao trabalho que deve ser entregue amanhã...)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Que nota você dá?

Depende da escala em que estiver. Mas além da necessidade de entender um pouquinho a mais de música, aparece aí a saudade, palavrinha mágica que somente nós, falantes do português, temos em nosso vocabulário. Entender a música e conhecer a saudade. Bastaria? Não, meu caro...Entender não é suficiente. Talvez nem faça tanta diferença assim. Um dia a gente chega lá maior, noutro menor, mas sempre volta. E o que importa é que você seja um eterno amador, capaz de sentir a música e essa saudade gostosa que dá.
Não, não sou a Gal. E não faz mal, até porque também amo igual. E tanto faz se ele tiver defeitos, se ele não for branco, se tiver ou não alguma crença ou tradição, que não tenha cultura nem mesmo altura. Eu só desejo me corresponder com um rapaz...que seja o tal!

domingo, 23 de outubro de 2011

Borboletas no estômago

O incômodo que sentia no estômago com as tais borboletas, precisava chegar ao fim. Trancou a porta do quarto, deitou em sua cama e ficou observando o céu azul através da janela aberta. Fechou os olhos e acariciou sua barriga. Usou um objeto pontiagudo para perfurá-la. Mesmo de olhos fechados, sua visão começou a clarear. Antes que essa luz a pudesse engolir, abriu novamente os olhos, e pôde ver as borboletas, um tanto embassadas, voarem eufóricas para fora da janela, rumo ao infinito azul do céu...
Depois de tanto ensaiar, a grande momento chegou. O passado que não se contentava em ser o que é, me incomodando sempre, insistindo em ser também presente, resolveu aceitar sua condição. Decidiu ficar lá trás, com suas dores e alegrias, deixando o presente livre para fazer suas escolhas, desejando sempre a chegada do futuro. No passado estão vários registros, memoráveis ou não. Alguns continuarão "materializados" aqui nesse blog, a fim de que em um dia qualquer, quando as dores e alegrias estiverem em seus devidos lugares, eu possa ler, reler e relembrar (ou não!) de tudo o que me foi escrito, com nostalgia (ou não...).