domingo, 27 de maio de 2012

Viver é um superhiperultramega erro.

Uma senhora de pouco mais de 60 anos, cabelos bem grisalhos e marcas de queimadura no braço (ela estava fazendo o almoço para a família quando um de seus netos passou correndo pela cozinha e esbarrou-se na alça de uma panela de água fervente, derramando no braço dela), foi atropelada essa manhã, na faixa de pedestres. Se ela morreu eu não sei. Sei que o motorista falava no celular, e antes do acidente, ele se encontrava transtornado (durante algum tempo, ele guardou consigo alguns sonhos. Não queria compartilhar nada porque...porque...porque! O problema é que ele compartilhava no papel. E um dia, sua ex-namorada encontrou todos esses papéis. Foi atrás de justificativas, mas de nada adiantou. Ela não acreditou em nada, não entendia o porquê dele não ter-lhe dito nada. Virou as costas e foi embora.) Desceu correndo do carro para ajudar a senhora. Até se esqueceu que, segundos antes, estava profundamente triste, tentando falar com sua ex. Ela não queria atender o telefone. Estava cansada das ligações dele, não queria vê-lo, não queria falar com ele. Mas não pela história citada acima. Ela não queria falar... (pois descobriu, há aproximadamente 10 dias, que era portadora do vírus HIV. Não saberia, nunca, quem a teria contaminado. Mas a dor, o sentimento de culpa de que podia ter contaminado seu ex era tremendo. E o atual também). Mas o que ela não sabia era que seu atual também era portador do HIV, e ele sabia exatamente de quem havia pego (uma vez, saiu com os amigos pra balada. Queria parar de pensar e se lamentar na dificuldade que teve para comprar um carro e terem-lhe roubado com tanta facilidade. Bebeu, bebeu, bebeu. Saiu de lá com os amigos para a casa de outros caras que conheceu na balada. E lá, acabou transando com um desses caras). Contar pra ela? Sim, seria o certo. Mas e se ela o rejeitasse? E se o relacionamento que, embora ainda estivesse no começo estava prazeroso, pudesse acabar por conta disso? E se você se desse conta de que você precisa de mim para errar, e que errar é aprender? E enxergasse que todos os erros são tão banais que não vale a pena se importar tanto com eles. Se você pudesse fazer uma média de erros e acertos, o que sobressairia?

Sim, a vida é um erro. Erre comigo, permita que os outros errem com você. Aceite. Compreenda. Só assim saberá perdoar. E quando você aprender a perdoar, você descobrirá que a sua vida não é um erro, mas sim uma grande e surpreendente história de amor.

domingo, 1 de abril de 2012

E foi assim que meu dia começou. É incrível "descobrir" algo novo a cada dia que passa. Muitas vezes me queixei do horário do meu emprego. Poxa...Que estranho. Eu durmo durante o dia e trabalho durante a noite. Às vezes, vou dormir quando já é dia. E chegando em casa, me dei conta de que não fosse esse horário do meu trabalho, eu não teria visto o dia amanhecer. O quão isso é maravilhoso. Dificilmente alguém acorda cedo para ver o raiar do dia. Eu não me recordo de ter feito isso alguma vez. E hoje...que bom que foi! Tanta coisa suja, engraçada, estúpida, triste que eu vi nessa noite. Mas vi o dia surgir. Agora digo que sou feliz. Em alguns minutos irei dormir, e posso não ser tão feliz assim depois que acordar. Independente do estado de espírito ou emoção, agradecerei sempre tudo que acontecer em minha vida, principalmente o que acontecer de ruim. É com o "ruim" que eu aprendo, evoluo, me inspiro, escrevo bem, escrevo mal e acredito cada vez mais em contos de fadas. Obrigada, 1º de abril de 2012 e todas as pessoas (des)conhecidas que estiveram (e às que estarão) presentes.
Mim ser humano,
'de músculos, carne, osso, pele e cor'.
Mim sentir frio e calor.
Mim ser triste e alegre três vezes dentro de uma hora.
Mim sorrir de graça, mim às vezes chora.
Mim sente tudo que vem de todos os lados do mundo de todo mundo do mundo todo.
Mim está em tu; tu está em mim.
Mim ser mim no alaranjado do outono ou numa primavera sem fim.
Mim ser poeta que não sabe rimar, mas saber sentir.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O dia de hoje entardeceu cinzento. Sim, entardeceu, pois quando me levantei, o relógio marcava 14 horas e 26 minutos. Fui até a janela da sala, mas não via, somente ouvia o som da garoa. Até que ela virou chuva. Apesar de ter acordado tarde, parece que o meu dia teve suas 12 horas completas. Acho que o relógio ficou com preguiça de correr tanto e quis trabalhar no ritmo da chuva. Ouvi músicas, baixei filmes, busquei imagens novas, li alguns contos.
O cinza na janela tapou tudo. Dela, eu via sempre as caixas d'agua próximas à casa dele. Hoje eu não as vi. E senti falta de vê-las pois, como de costume, todos os dias eu as observo, mesmo ele estando aqui em casa hoje.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Nada tão destrutivo quanto furações e tsunamis, mas muita coisa mudou de lugar.
E posso dizer que ainda não me acostumei com isso.

A vida é um grande conto de fadas. Os acontecimentos e sentimentos são reais.
Não decidi se ter descoberto isso me foi bom ou ruim.

Meu pedido não é pra 2012, mas sim pra toda vida.
Que eu consiga lidar com todos os sentimentos.
Ou com a ausência de todos eles.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Como num filme, às vezes pausamos a vida. Passamos de personagem à espectador. E acabamos nos "perdendo", até retornar ao nosso papel original. Como tudo isso vai acabar? Não sei, ainda não cheguei no final do filme...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vim aqui em função do amor. Não devo julgar nem ser julgada. Eu só quero viver. Sentimento de culpa deve ser extinguido, uma vez que somos todos aprendizes. Minha vida já valeu a pena pelo simples fato de muitas e muitas pessoas terem-na cruzado. Não há nada para se perder enquanto se é vivo. Se há algum desentendimento entre alguém, eu não perdi esse alguém, mas adquiri conhecimento e experiência. Sou grata às pessoas, pois sem elas eu não seria o que sou hoje. Eu vim para amar, e uma vez que o amor é livre, busco viver essa liberdade através do desapego. Não pertenço a ninguém e nada me pertence, ao mesmo tempo em que tudo isso é válido se dito ao contrário, também. Eu vim para amar. Viver é muito simples. A vida...ela é tão simples e bela, como uma margarida. E depois que você descobre isso, você não precisa de mais nada...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

- Não sei.
- Não sabe?
- Não...
- Paula...como assim, não sabe?
- Ué, cara...não sei, sabe? É tanta coisa que acaba não sendo nada, e é um nada que acaba se tornando tudo. Não sei, é confuso...
- É...tô vendo! Mas que estranho, estava tudo normal, e de repente fica assim? O que foi que aconteceu?
- Não sei, Paula, não sei! Ainda não sei se aconteceu algo ou se falta acontecer.
- Pô...Paula?! Agora você me confundiu.
- Ah é? Por quê?
- Não sei.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sentada à beira de um penhasco, tendo o infinito como suporte para meus pés.

Percebendo o que não tem, vive uma busca constante. Gula e luxúria.
Quando acredita ter conquistado algo,
deixa-o de lado. Se não há mistério, não há porquê.
Não havendo porquê, não há razão. E precisa haver razão?

Quis sentir melhor o vento. Levantei e, então, dei um passo adiante.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Porque sempre que paro pra pensar, nunca executo nada.
Paremos de pensar. Vamos sentir.