Eu detesto comparações.
Detesto quando me comparam, afinal...eu sou eu!
Mas...é inevitável.
Duas meninas, de família pobre.
Uma, de familia religiosa vai pra casa de amigos da familia, estudar.
A outra é mandada para internato, devido
as baixas condições da família.
A primeira estuda, casa-se, tem seus filhos, é traída e é professora,
para que possa contribuir para a igreja todo mês.
A segunda apanha das freiras do externato, casa-se, tem seus filhos,
apanha do marido, dona de casa.
Ambas tiveram 6 filhos, 2 mulheres e 4 homens.
A primeira, estudada e com uma pensão gorda do marido que morreu
e sua aposentadoria, continua ajudando a igreja e muita gente que precisa,
regula a comida que há na geladeira, resmunga quando parentes
ou amigos vão em sua casa e possui um tipo de doença que não
permite que a dobra do lençol não se encaixe no colchão de sua cama.
A segunda, sem estudo, dona de casa, sente rancor porém
ainda vive com o marido aposentado,
recebendo ajuda de filhos, conta piada, gosta de quando
a casa lota com seus filhos e netos, se preocupa com que todos
comam a vontade, mora numa casa cheia de rachaduras
e não tem problemas com o lençol de sua cama.
Foi só um...desabafo.
Perguntas nem adianta fazer, pois nunca haverá explicação para isso.
Nem para qualquer coisa nessa vida.
Não entendo nada dessa vida, graças à Deus.
Creio que se entendesse, a essa hora estaria num manicômio...
Sei que o que o desejo de viver em paz é o que me mantém.
E a certeza de que um dia, o atingirei.
E será assim, num piscar de olhos.