O sol parecia brilhar apenas para nós, naquele dia. Ah, como é gostoso de lembrar! O primeiro olhar, a primeira conversa, o primeiro beijo. O primeiro toque. Tudo acontecia, simplesmente. O primeiro eu te amo. Não era um eu te amo comum, normal, desses que todo mundo fala para todo mundo. Era um eu te amo dito com convicção e muito sentimento. O tempo foi cumprindo sua tarefa, e com ele, poeira, muita poeira. O sol foi diminuindo seu brilho e, assim, as vistas foram perdendo a força, a audição foi ficando loooonge...Já não havia mais olfato. O paladar perdeu o doce e o tato tornou-se insensível. E assim, tudo foi ficando escuro e sombrio. Apesar de toda fraqueza e falta de cor, o coração ainda batia. A respiração continou obrigatória, mas tornou-se preguiçosa. Naquela escuridão, o sofrimento parecia ser infito. Contudo, preferia acreditar que, lá, lá no final do que parecia não haver fim, pudesse existir um pingo de luz.
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