segunda-feira, 28 de março de 2011

Ardência.
Do cansaço, do queimado ou do fracasso.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Sobre a felicidade

Felicidade é sentir a brisa fresca da manhã.
É acordar cedo e fazer previsões para o dia, mesmo que elas não aconteçam.
Felicidade é poder colocar os pezinhos macios do bebê no seu rosto.
É ver o seu cachorro latir de alegria quando você volta do trabalho.
Felicidade é toda a nostalgia de um passado recheado de pessoas marcantes.
Felicidade é saudade.
É quando você abre os olhos e chega a conclusão: "eu estou vivo!"
Felicidade é a dor do primeiro tombo de bicicleta, das idas ao consultório do dentista e das aulas de matemática.
É aquela vontade de viajar para a Europa.
É ver filme imaginando-se como protagonista do mesmo.

É quando, caminhando pela rua, um idoso passa com sua bengala,
lhe abre um gentil sorriso e diz:

"Bom dia!"
Felicidade é todo o sofrimento de amar e saber ser amado.
É acordar ao lado de quem você ama e dar o primeiro beijo do dia, com aquele agradável hálito de quando a gente acorda.
É saber que você tem uma família, sendo ela chata ou não.
Felicidade é saber ser humano, com todas as suas falhas.
Felicidade é sorrir, à toa.
Felicidade é viver.

Felicidade é dom.

domingo, 6 de março de 2011

Acordei.
O céu, as nuvens, as casas, estão todas no mesmo lugar.
Mas não parecia o mesmo céu dos outros dias, nem as mesmas nuvens, nem as casas...
O céu não estava sorrindo para mim, como de costume.
Ou será que eu não estava sorrindo mais para o céu?

Sem razão de ser.
Sem razão de estar.
Sem razão de viver.
Tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac
tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac tic tac

Passa dia, vem dia.
A resposta é: amor.
Por impulso, como quem torce uma calça molhada, torci meu coração.
Torci, até que nele não coubessem mais nenhum tipo de sentimento.
Ficou vazio, murcho, injinhado, sem motivos, desde então.
O momento impulsivo passou e, assim, veio o arrependimento.
Nem sol, nem chuva, nem frio, nem calor. Auto-decepção.
Tentativa suicida. E agora, para acabar com todo sofrimento?
E se eu tivesse reclamado menos?
E se eu tivesse falado menos?
E se eu não tivesse me entregado tanto?
E se eu não amasse tanto?
E se e eu parasse de falar "e se" e mudasse para "eu vou"?